domingo, 16 de outubro de 2016

Maconha não é porta de entrada para outras drogas?

 Maconheiros e esquerdistas em geral comemoram a divulgação de uma pesquisa que afirmaria que a porta de entrada para outras drogas é o álcool, não a maconha. Para eles, dizer que a maconha exerça esse papel é "um mito" que a pesquisa, publicada no Journal of School Health, ajuda a desfazer. Eles esperam que isso ajude a quebrar a resistência da sociedade quanto à liberação da maconha (e de outras drogas, embora esse segundo objetivo não seja confessado). Ocorre que a pesquisa não é, em nada, favorável à liberação  da maconha. 


Primeiramente, os objetivos dessa eram apenas:
1- determinar qual substância (lícita ou ilícita) os entrevistados iniciaram o uso primeiramente;
2 -determinar a ordem em que os entrevistados progrediram no uso de álcool, tabaco e maconha e
3 - baseado na substância consumida em primeiro lugar, examinar o impacto da idade de primeiro uso dessa substância no tempo de vida do uso de substância ilícita e na frequência desse uso.

Pode-se perceber que a investigação sobre a maconha ser ou não porta de entrada de outras drogas, ou sobre ser ou não inofensiva, não era objeto da pesquisa. E,percebam que não há nada que impeça a existência de mais de uma porta de entrada para drogas. Ou seja, mesmo que a pesquisa mencionada conclua que o álcool é uma importante porta de entrada para outras drogas, isso não significa que a maconha também não o seja.

A propósito, quando se diz que o álcool é uma importante porta de entrada para outras drogas, está-se considerando que a maconha é uma dessas "outras drogas"; está-se lamentando que, do álcool, as pessoas passem para a maconha, a cocaína etc. Que boa notícia para a maconha essa conclusão pode representar?

Além disso, os pesquisadores citaram uma pesquisa anterior, realizada por Fergusson e Horwood, que examinaram o uso de maconha e de outras drogas ilícitas e descobriram que 99% daquelas pessoas que informaram já ter usado drogas ilícitas, usaram maconha antes do uso de outra droga ilícita.
 


Ou seja, se a maconha não é "porta de entrada" (algo que a pesquisa não diz) é, no mínimo, um "corredor" ou um "degrau" na escadaria que leva a drogas mais pesadas e destrutivas. 

A propósito, vejam o comovente depoimento desse veterinário que afirma que a maconha o colocou no crack:


Vejam também essa notícia, publicada há 2 dias, de uma mãe que matou o filho ao deitar sobre ele após fumar a "inofensiva" maconha: 


Como se vê, dificilmente uma pessoa em estado normal de consciência acreditaria que a pesquisa que classificou o álcool como porta de entrada de outras drogas seja, de alguma forma, favorável à legalização da maconha. Maconha é droga sim, causa danos sim e deve continuar proibida. O fato de outras substâncias nocivas serem liberadas não justifica a liberação de mais uma. Só mesmo quem defende o "quanto pior, melhor" é que pode usar uma lógica dessa.

Sobre pesquisas manipuladas para não apontarem os malefícios das drogas, confira o vídeo abaixo: 





Link para a publicação do Journal of School Health: 
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/josh.12351/epdf  

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